• Humanismo

  • Os Lusíadas

  • Auto da Barca do Inferno

Trovadorismo

 A época do trovadorismo compreende desde o início da Língua portuguesa (português arcaico), provavelmente entre 1189 e 1418. O trovadorismo abrange a idade Média, o feudalismo  (já em fase de decadência) e o teocentrismo (Deus é o centro do Universo). Portugal encontrava-se ocupado com as Cruzadas, quando deram seu fim as manifestações culturais iniciaram-se, surgindo assim o trovadorismo.
 O principal autor do trovadorismo foi o Rei D. Dinis que viveu de 1261 à 1325, sendo que os escritores eram denominados “trovadores”, que escreviam suas poesias e depois a cantavam com ajuda de alguns instrumentos musicais.
 Esse tipo de literatura era dividido em dois tipos: o refrão (havia um estribilho o qual se repetia a cada final de estrofe) e mestria (poesia mais trabalhada sem uso de repetições).

Os principais temas abordados eram:

* Poesia Lírica
- O amor do homem para a mulher (eu lírico masculino), denominada cantiga de amor;

- O amor da mulher para o homem (eu lírico feminino), denominada cantiga de amigo.

* Poesia Satírica
- Criticas indiretas aos cidadãos, denominada cantigas de escárnio;

- Criticas diretas aos cidadãos ou pessoas ilustres da sociedade, denominadas cantigas de maldizer.

Algumas das principais obras são:
- Cancioneiro da Ajuda;
- Cancioneiro da Vaticana;
- Cancioneiro da Biblioteca Nacional.








1) (Fuvest) - "Já vai andando a récua dos homens de Arganil, acompanham-nos até fora da vila as infelizes, que vão clamando, qual em cabelo, Ó doce e amado esposo, e outra protestando, Ó filho, a quem eu tinha só para refrigério e doce amparo desta cansada já velhice minha, não se acabavam as lamentações, tanto que os montes de mais perto respondiam, quase movidos de alta piedade (...)".

(J. SARAMAGO, 'Memorial do convento')

Em muitas passagens do trecho transcrito, o narrador cita textualmente palavras de um episódio de Os Lusíadas, visando a criticar o mesmo aspecto da vida de Portugal que Camões, nesse episódio, já criticava. O episódio camoniano citado e o aspecto criticado são, respectivamente,

a) O Velho do Restelo; a posição subalterna da mulher na sociedade tradicional portuguesa.
b) Aljubarrota; a sangria populacional provocada pelos empreendimentos coloniais portugueses.
c) Aljubarrota; o abandono dos idosos decorrente dos empreendimentos bélicos, marítimos e suntuários.
d) O Velho do Restelo; o sofrimento popular decorrente dos empreendimentos dos nobres.
e) Inês de Castro; o sofrimento feminino causado pelas perseguições da Inquisição.

2) (Fuvest) - I.

''Entre brumas, ao longe, surge a aurora.
O hialino orvalho aos poucos se evapora,
Agoniza o arrebol.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece, na paz do céu risonho,
Toda branca de sol"

II.

"Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente."

III.

"Por um lado te vejo como um seio murcho
pelo outro como um ventre de cujo umbigo pende
[ainda o cordão placentário.
És vermelha como o amor divino
Dentro de ti em pequenas pevides
Palpita a vida prodigiosa
Infinitamente."


IV.

"Transforma-se o amador na cousa amada,
Por virtude do muito imaginar;
Não tenho logo mais que desejar,
Pois em mim tenho a parte desejada."

Na ordem em que estão transcritos, os fragmentos se enquadram respectivamente nos seguintes movimentos literários:

a) I. Simbolismo, II. Romantismo, III. Modernismo, IV. Classicismo;
b) I. Modernismo, II. Simbolismo, III Classicismo, IV. Romantismo;
c) I. Romantismo, II. Modernismo, III. Simbolismo, IV. Classicismo;
d) I. Classicismo, II. Romantismo, III. Modernismo, IV. Simbolismo;
e) I. Simbolismo, II. Classicismo, III. Romantismo, IV. Modernismo.


3) (Fuvest) - "Amor é um fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer."

De poeta muito conhecido, está é a primeira estrofe de um poema que parece comprazer-se com o paradoxo, enfeixando sensações contraditórias do sentimento humano, se examinadas sob o prisma da razão.

Indique, na relação a seguir, o nome do autor.
a) Bocage.
b) Camilo Pessanha.
c) Gil Vicente.
d) Luís de Camões.
e) Manuel Bandeira.

4) (Uelondrina) - A chamada atividade literária das primeiras décadas de nossa formação histórica caracterizou-se por seu cunho pragmático estrito, seja a circunscrita ao parâmetro jesuítico, seja a decorrente de viagens de reconhecimento e informação da terra.

São representantes dos dois tipos de atividade literária referidos no excerto acima:
a) Gregório de Matos e Cláudio Manuel da Costa.
b) Antônio Vieira e Tomás Antônio Gonzaga.
c) José de Anchieta e Gabriel Soares de Sousa.
d) Bento Teixeira e Gonçalves de Magalhães.
e) Basílio da Gama e Gonçalves Dias.

5) (Mackenzie) - O tom pessimista apresentado por Camões no epílogo de "Os Lusíadas" aparece em outro momento do poema.

Isso acontece no episódio:
a) do Gigante Adamastor.
b) do Velho do Restelo.
c) de Inês de Castro.
d) dos Doze de Inglaterra.
e) do Concílio dos Deuses.
 
Gabarito:
1D, 2A, 3D, 4C, 5B
Fontes:helenaconectada.blogspot.com.br
infoescola.com

Os Lusíadas

 Epopeia escrita por Luís Vaz de Camões, que tem como assunto a viagem de Vasco da Gama às Indias. A narrativa é dividida em dez cantos que são organizados em 1.102 estrofes, cada um com oito versos, todos decassílabos heroicos, com rima ABABABCC.
 Os Lusiadas pode ser considerado mais do que uma obra literária, e sim uma obra de arte, com tal empenho de Luís de Camões em manter a obra nesta regularidade. Publicado em 1572 com o apoio do Rei D. Sebastião, é considerado o maior poema épico da língua portuguesa. O poema contra sobre as viagens marítimas e a descoberta de novas terras, povos e culturas, exaltado o  heroismo do homem Português, que além de nevegador, cavalheiro, amante, é destimido e bravo, e enfrenta mares desconhecidas em busca de seus objetivos.
 Como foi típico do Renascentismo, o poema não poderia deixar a característica antropocentrista de exaltação do homem. Em plena expansão marítima de Portugal e de toda a Europa, o sentimento conquistador e heroico era completamente oportuno para ser incutido na literatura da época.
 Além de narrar o caminho para a descoberta das índias, a obra fala sobre as grandes navegações, o império português no Oriente, os reis e  heróis de Portugal, dentre outros fatos que o tornam um poema histórico, enciclopédico. Desenvolve-se também uma história mitológica, mesmo que em parelalelo, envolvendo lutas entre os deuses do Olimpo: Vênus e Marte, Baco e Netuno.
 Em Os Lusíadas podemos encontrar ideais renascentistas, imperialistas e nacionalistas, cristãos e pagãos, épicos e líricos, ufanistas e críticos, clássicos e barrocos. Com esta quantidade de contrapontos que se cruzam, Camões foi reconhecido como grande literato, elaborando uma obra com uma linguagem muito rica.
 O enredo é divido em cinco partes, as quais são:
Proposição - Apresentação da obra e síntese do assunto, ressaltando o heroísmo, o antropocentrismo, o ufanismo, dentre outras características do homem.
Invocação das Tágides - É um pedido do autor às musas Tágides, ninfas do rei Tejo, para virem lhe dar inspiração.
Dedicatória ao Rei D. Sebastião - O rei é apresentado como um menino, aos 14 anos assumindo o trono, exaltando-o como jovem e esperança da pátria.
Narração - Parte mais consistente da história, como já dito, foca-se em três pontos principais: a viagem de Vasco da Gama às Índias, a narrativa da história de Portugal e as lutas e intervenções dos deuses do Olimpo. Ao mesmo tempo, o autor faz descrições de fenômenos como a tromba marítima, e disserta sobre a moral, o ouro, as riquezas, entre outros interesses do homem renascentista.
Epílogo - última parte, contém críticas do poeta, lamentações sobre a realidade, exortações ao rei, etc. O tom destas últimas 12 estrofes é pessimista, criticando a decadência do país, e reforçando a exaltação ao Rei D. Sebastião.

                              




 
1. (MACKENZIE-SP) Sobre o poema Os Lusíadas, é incorreto afirmar que:

a) quando a ação do poema começa, as naus portuguesas estão navegando em pleno Oceano Índico,portanto no meio da viagem;
b) na Invocação, o poeta se dirige às Tágides, ninfas do rio Tejo;
c) na ilha dos Amores, após o banquete, Tétis conduz o capitão ao ponto mais alto da ilha, onde lhedescenda a "máquina do mundo";
d) tem como núcleo narrativo a viagem de Vasco da Gama, a fim de estabelecer contato marítimo com as Índias;
e) é composto em sonetos decassílabos, mantendo em 1.102 estrofes o mesmo esquemas de rimas.


2. (FUVEST) Leia os versos transcritos de Os lusíadas, de Camões, para responder ao teste.

Tu, só tu, puro Amor, com força crua,
Que os corações humanos tanto obriga,
Deste causa à molesta morte sua,
Como se fora pérfida inimiga.
Se dizem, fero Amor, que a sede tua
Nem com lágrimas tristes se mitiga,
É porque queres, áspero e tirano,
Tuas aras banhar em sangue humano.

Assinale a afirmação incorreta em relação aos versos transcritos:

a) A apóstrofe inicial da estrofe introduz um discurso dissertativo a respeito da natureza do sentimento amoroso.
b) O amor é compreendido como uma força brutal contra a qual o ser humano não pode oferecer resistências.
c) A causa da morte de Inês é atribuída ao amor desmedido que subjugou completamente a jovem.
d) A expressão "se dizem" indica ser senso comum a idéia que brutalidade faz parte do sentimento amoroso.
e) Os versos associam a causa da morte de Inês não só à força cruel do amor, mas também aos perigosos riscos que a jovem inimiga representava para o rei.


3. (POLI) Camões em alemão

"Nas pequenas obras líricas de Camões encontramos graça e sentimento profundo, ingenuidade, ternura, melancolia cativante, todos os graus de sentimentos mais debilitados, indo do prazer mais suave até o desejo mais ardente, saudade e tristeza, ironia, tudo na pureza e claridade da expressão simples, cuja beleza não podia ser mais acabada, e cuja flor não podia ser mais florescente. Seu grande poema, "Os Lusíadas", é um poema heróico no pleno sentido da palavra. Camões tira do poeta Virgílio a idéia de um poema épico nacional que compreenda e apresente, sob a luz mais fulgurante, a fama, o orgulho e a glória de uma nação desde suas mais antigas tradições."

(Esse trecho foi extraído do curso de Friedrich Schlegel (1772-1829), conceituado filósofo romântico alemão, sobre história da literatura européia, e publicado no Caderno Mais da Folha de São Paulo, em 21 de maio de 2000.)

Tendo em vista o texto acima, seria incorreto afirmar que:

a) em Os Lusíadas, Camões resgata alguns episódios tradicionais portugueses, como o de Inês de Castro.
b) em Os Lusíadas, Camões invoca as Tágides, ninfas do rio Tejo, a fim de que lhe dêem inspiração na construção deste seu poema heróico.
c) em Os Lusíadas, Camões canta a fama e a glória do povo português.
d) em Os Lusíadas, Camões narra a viagem de Vasco da Gama às Índias, sendo este navegador o grande herói português aclamado no poema.
e) em Os Lusíadas, Camões dedica o poema a Dom Sebastião, e encerra tal obra um tanto quanto melancólico diante da estagnação cultural portuguesa.


4. (UNISA) Assinale a alternativa incorreta, em relação a Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões:

a) Foi publicada em 1572.
b) Contém 10 cantos.
c) Contém 1102 estrofes em oitava rima.
d) Conta a viagem de Vasco da Gama às Índias.
e) N.d.a.


5. (UNISA) A obra épica de Camões, Os Lusíadas, é composta de cinco partes, na seguinte ordem:

a) Narração, Invocação, Proposição, Epílogo e Dedicatória.
b) Invocação, Narração, Proposição, Dedicatória e Epílogo.
c) Proposição, Invocação, Dedicatória, Narração e Epílogo.
d) Proposição, Dedicatória, Invocação, Epílogo e Narração.
e) N.d.a.
 
Gabarito:
1 E,2 E,3 D, 4 E, 5 C
 
Fontes: vestiweb.blogspot.com.br
infoescola.com

Humanismo

 O humanismo foi uma época de transição entre a Idade Média e o Renascimento, na qual como o próprio nome já diz, o ser humano passou a ser valorizado.
 Foi nessa época que surgiu uma nova classe social: a burguesia. Os burgueses não eram nem servos e nem comerciantes.
 Com o aparecimento desta nova classe social foram aparecendo as cidades e muitos homens que moravam no campo se mudaram para morar nestas cidades, como conseqüência o regime feudal de servidão desapareceu, foram criadas novas leis e o poder parou nas mãos daqueles que, apesar de não serem nobres, eram ricos. O “status” econômico passou a ser muito valorizado, muito mais do que o título de nobreza.
 As Grandes Navegações trouxeram ao homem confiança de sua capacidade e vontade de conhecer e descobrir várias coisas. A religião começou a decair (mas não desapareceu) e o teocentrismo deu lugar ao antropocentrismo, ou seja, o homem passou a ser o centro de tudo e não mais Deus, os artistas começaram a dar mais valor às emoções humanas. O Humanismo seria o Teocentrismo contra o Antropocentrismo.
 Abaixo algumas manifestações do Humanismo:

- Teatro

O teatro foi a manifestação literária onde ficavam mais claras as características desse período.
Gil Vicente foi o nome que mais se destacou, ele escreveu mais de 40 peças.
Sua obra pode ser dividida em 2 blocos:
Autos: peças teatrais cujo assunto principal é a religião.
“Auto da alma” e “Trilogia das barcas” são alguns exemplos.
Farsas: peças cômicas curtas. Enredo baseado no cotidiano.
“Farsa de Inês Pereira”, “Farsa do velho da horta”, “Quem tem farelos?” são alguns exemplos.

Poesia

Em 1516 foi publicada a obra “Cancioneiro Geral”, uma coletânea de poemas de época.
O cancioneiro geral resume 2865 autores que tratam de diversos assuntos em poemas amorosos, satíricos, religiosos entre outros.

Prosa
Crônicas: registravam a vida dos personagens e acontecimentos históricos.
Fernão Lopes foi o mais importante cronista(historiador) da época, tendo sido considerado o “Pai da História de Portugal”. Foi também o 1º cronista que atribuiu ao povo um papel importante nas mudanças da história, essa importância era, anteriormente atribuída somente à nobreza.

Obras

“Crônica d’El-Rei D. Pedro”
“Crônica d’El-Rei D. Fernando”
“Crônica d’El-Rei D. João I”







01. Sobre o Humanismo, identifique a alternativa falsa:

a) Em sentido amplo, designa a atitude de valorização do homem, de seus atributos e realizações.
b) Configura-se na máxima de Protágoras: “O homem é a medida de todas as coisas”.
c) Rejeita a noção do homem regido por leis sobrenaturais e opõe-se ao misticismo.
d) Designa tanto uma atitude filosófica intemporal quanto um período especifico da evolução da cultura ocidental.
e) Fundamenta-se na noção bíblica de que o homem é pó e ao pó retornará, e de que só a transcendência liberta o homem de seu insignificância terrena.

Resposta: E

02. Ainda sobre o Humanismo, assinale a afirmação incorreta:

a) Associa-se à noção de antropocentrismo e representou a base filosófica e cultural do Renascimento.
b) Teve como centro irradiador a Itália e como precursor Dante Alighieri, Boccaccio e Petrarca.
c) Denomina-se também Pré-Renascentismo, ou Quatrocentismo, e corresponde ao século XV.
d) Representa o apogeu da cultura provençal que se irradia da França para os demais países, por meio dos trovadores e jograis.
e) Retorna os clássicos da Antiguidade greco-latina como modelos de Verdade, Beleza e Perfeição.

Resposta: D

03. Sobre a poesia palaciana, assinale a alternativa falsa:

a) É mais espontânea que a poesia trovadoresca, pela superação da influência provençal, pela ausência de normas para a composição poética e pelo retorno á medida velha.
b) A poesia, que no trovadorismo era canto, separa-se da música, passando a ser fala. Destina-se à leitura individual ou à recitação, sem o apoio de instrumentos musicais.
c) A diversidade métrica da poesia trovadoresca foi praticamente reduzida a duas medidas: os versos de 7 sílabas métricas (redondilhas menores).
d) A utilização sistemática dos versos redondilhas denominou-se medida velha, por oposição à medida nova, denominação que recebemos os versos decassílabos, trazidos da Itália por Sá de Miranda, em 1527.
e) A poesia palaciana foi compilada em 1516, por Garcia de Resende, no Cancioneiro Geral, antologia que reúne 880 composições, de 286 autores, dos quais 29 escreviam em castelhano. Abrange a produção poética dos reinados de D. Afonso V (1438-1481), de D. João II (1481-1495) e de D. Manuel I – O Venturoso (1495-1521).

Resposta: A

04. O Cancioneiro Geral não contém:

a) Composições com motes e glosas.
b) Cantigas e esparsas.
c) Trovas e vilancetes.
d) Composições na medida velha.
e) Sonetos e canções.

Resposta: E

05. A obra de Fernão Lopes tem um caráter:

a) Puramente científico, pelo tratamento documental da matéria histórica;
b) Essencialmente estético pelo predomínio do elemento ficcional;
c) Basicamente histórico, pela fidelidade à documentação e pela objetividade da linguagem científica;
d) Histórico-literário, aproximando-se do moderno romance histórico, pela fusão do real com o imaginário.
e) Histórico-literário, pela seriedade da pesquisa histórica, pelas qualidades do estilo e pelo tratamento literário, que reveste a narrativa histórica de um tom épico e compõe cenas de grande realismo plástico, além do domínio da técnica dramática de composição.

Resposta: E

Gabarito:
1 E, 2 D, 3 A, 4 E, 5 E
Fontes: literaturaparaovestibular.blogspot.com.br
infoescola.com

Auto Da Barca Do Inferno

O "Auto da Barca do Inferno" (c. 1517) representa o juízo final católico de forma satírica e com forte apelo moral. O cenário é uma espécie de porto, onde se encontram duas barcas: uma com destino ao inferno, comandada pelo diabo, e a outra, com destino ao paraíso, comandada por um anjo. Ambos os comandantes aguardam os mortos, que são as almas que seguirão ao paraíso ou ao inferno.
 Faz parte de uma trilogia (Autos da Barca "da Glória", "do Inferno" e "do Purgatório"). Escrito em versos de sete sílabas poéticas, possui apenas um ato, dividido em várias cenas. A linguagem entre os personagens é coloquial - e é através das falas que podemos classificar a condição social de cada um dos personagens.
 Escrita na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a obra oscila entre os valores morais de duas épocas: ao mesmo tempo que há uma severa crítica à sociedade, típica da Idade Moderna, a obra também está religiosamente voltada para a figura de Deus, o que é uma característica medieval.
 A obra tem, portanto, valor educativo muito forte. A sátira vicentina serve para nos mostrar, tocando nas feridas sociais de seu tempo, que havia um mundo melhor, em que todos eram melhores. Mas é um mundo perdido, infelizmente. Ou seja, a mensagem final, por trás dos risos, é um tanto pessimista.




 
 
Exercício 1:  
(FUVEST) Indique a afirmação correta sobre o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente:

(A) É intricada a estruturação de suas cenas, que surpreendem o público com a inesperado de cada situação.
(B) O moralismo vicentino localiza os vícios, não nas instituições, mas nos indivíduos que as fazem viciosas.
(C) É complexa a critica aos costumes da época, já que o autor primeiro a relativizar a distinção entre Bem e o Mal.
(D) A ênfase desta sátira recai sobre as personagens populares mais ridicularizadas e as mais severamente punidas.
(E) A sátira é aqui demolidora e indiscriminada, não fazendo referência a qualquer exemplo de valor positivo.


Exercício2:
(FUVEST) Diabo, Companheiro do Diabo, Anjo, Fidalgo, Onzeneiro, Parvo, Sapateiro, Frade, Florença, Brígida Vaz, Judeu, Corregedor, Procurador, Enforcado e Quatro Cavaleiros são personagens do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente.

Analise as informações abaixo e selecione a alternativa incorreta cujas características não descrevam adequadamente a personagem.

(A) O Onzeneiro idolatra o dinheiro, é agiota e usurário; de tudo que juntara, nada leva para a morte, ou melhor, leva a bolsa vazia.
(B) O Frade representa o clero decadente e é subjugado por suas fraquezas: mulher e esporte; leva a amante e as armas de esgrima.
(C) O Diabo, capitão da barca do inferno, é quem apressa o embarque dos condenados; é dissimulado e irônico.
(D) O Anjo, capitão da barca do céu, é quem elogia a morte pela fé; é austero e inflexível.
(E) O Corregedor representa a justiça e luta pela aplicação integra e exata das leis; leva papéis e processos.


Exercício 3:
(UNICAMP) Leia o diálogo abaixo, de Auto da Barca do Inferno:

DIABO
Cavaleiros, vós passais
e não perguntais onde ir?

CAVALEIRO
Vós, Satanás, presumis?
Atentai com quem falais!

OUTRO CAVALEIRO
Vós que nos demandais?
Siquer conhecê-nos bem.
Morremos nas partes d’além,
e não queirais saber mais.

(Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno, em Antologia do Teatro de Gil Vicente. Org. Cleonice Berardinelli, Rio de Janeiro: Nova Fronteira/ Brasília: INL, 1984, p.89.)

A) Por que o cavaleiro chama a atenção do Diabo?

B) Onde e como morreram os dois Cavaleiros?

C) Por que os dois passam pelo Diabo sem se dirigir a ele?



Exercício 4:
(PUC) Considerando a peça Auto da Barca do Inferno como um todo, indique a alternativa que melhor se adapta à proposta do teatro vicentino.

A) Preso aos valores cristãos, Gil Vicente tem como objetivo alcançar a consciência do homem, lembrando-lhe que tem uma alma para salvar.
B) As figuras do Anjo e do Diabo, apesar de alegóricas, não estabelecem a divisão maniqueísta do mundo entre o Bem e o Mal.
C) As personagens comparecem nesta peça de Gil Vicente com o perfil que apresentavam na terra, porém apenas o Onzeneiro e o Parvo portam os instrumentos de sua culpa.
D) Gil Vicente traça um quadro crítico da sociedade portuguesa da época, porém poupa, por questões ideológicas e políticas, a Igreja e a Nobreza.
E) Entre as características próprias da dramaturgia de Gil Vicente, destaca-se o fato de ele seguir rigorosamente as normas do teatro clássico.
 
 
Gabarito:
 
1)B
2)E
3)RESPOSTAS:

A) Porque a fala do Diabo revela seu desrespeito para com um Cavaleiro de Cristo, que morre para defender e propagar a fé cristã. Quem defende a causa cristã não vai na Barca do Inferno.

B) Os dois Cavaleiros morreram nas "partes d’além", em um combate contra os mouros na defesa da Igreja.

C) Porque estão conscientes da salvação e de que vão na Barca da Glória.

4)A ,COMENTÁRIOS: Gil Vicente, teatrólogo inserido no Humanismo, ainda mantém forte ligação com os valores medievais, sobretudo os cristãos. Dessa forma, busca a moralização do homem para que este encontre a salvação de sua alma
Fontes:
uol.com.br

Classicismo

 Classicismo, ou Quinhentismo (século XV) é o nome dado ao período literário que surgiu na época do Renascimento  (Europa séc. XV a XVI). Um período de grandes transformações culturais, políticas e econômicas.
 Vários foram os fatores que levaram a tais transformações, dentre eles a crise religiosa, as grandes navegações e a invenção da Imprensa  que contribuiu muito para a divulgação das obras de vários autores gregos e latinos (cultura clássica) proporcionando mais conhecimento para todos.
 Características desse período:

Racionalismo: a razão predomina sobre o sentimento, ou seja, a expressão dos sentimentos era controlada pela razão.
Universalismo: os assuntos pessoais ficaram de lado e as verdades universais (de preocupação universal) passaram a ser privilegiadas.
Perfeição formal: métrica, rima, correção gramatical, tudo isso passa a ser motivo de atenção e preocupação.
Presença da mitologia greco-latina
Humanismo: o homem dessa época se liberta dos dogmas da Igreja e passa a se preocupar com si próprio, valorizando a sua vida aqui na Terra e cultivando a sua capacidade de produzir e conquistar. Porém, a religiosidade não desapareceu por completo.
 Alguns dos principais autores e obras do classicismo:

 - Luís Vaz de Camões
Um dos maiores nomes da Literatura Universal, e certamente, o maior nome da Literatura Portuguesa.
Escreveu poesias (líricas e épicas) e peças teatrais, porém sua obra mais conhecida e consagrada é a epopéia “Os Lusíadas” considerada uma obra-prima







1) (Fuvest) - "Já vai andando a récua dos homens de Arganil, acompanham-nos até fora da vila as infelizes, que vão clamando, qual em cabelo, Ó doce e amado esposo, e outra protestando, Ó filho, a quem eu tinha só para refrigério e doce amparo desta cansada já velhice minha, não se acabavam as lamentações, tanto que os montes de mais perto respondiam, quase movidos de alta piedade (...)".
(J. SARAMAGO, 'Memorial do convento')

Em muitas passagens do trecho transcrito, o narrador cita textualmente palavras de um episódio de Os Lusíadas, visando a criticar o mesmo aspecto da vida de Portugal que Camões, nesse episódio, já criticava. O episódio camoniano citado e o aspecto criticado são, respectivamente,
a) O Velho do Restelo; a posição subalterna da mulher na sociedade tradicional portuguesa.
b) Aljubarrota; a sangria populacional provocada pelos empreendimentos coloniais portugueses.
c) Aljubarrota; o abandono dos idosos decorrente dos empreendimentos bélicos, marítimos e suntuários.
d) O Velho do Restelo; o sofrimento popular decorrente dos empreendimentos dos nobres.
e) Inês de Castro; o sofrimento feminino causado pelas perseguições da Inquisição.

2) (Fuvest) - I.
''Entre brumas, ao longe, surge a aurora.
O hialino orvalho aos poucos se evapora,
Agoniza o arrebol.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece, na paz do céu risonho,
Toda branca de sol"

II.
"Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente."

III.
"Por um lado te vejo como um seio murcho
pelo outro como um ventre de cujo umbigo pende
[ainda o cordão placentário.
És vermelha como o amor divino
Dentro de ti em pequenas pevides
Palpita a vida prodigiosa
Infinitamente."

IV.
"Transforma-se o amador na cousa amada,
Por virtude do muito imaginar;
Não tenho logo mais que desejar,
Pois em mim tenho a parte desejada."

Na ordem em que estão transcritos, os fragmentos se enquadram respectivamente nos seguintes movimentos literários:
a) I. Simbolismo, II. Romantismo, III. Modernismo, IV. Classicismo;
b) I. Modernismo, II. Simbolismo, III Classicismo, IV. Romantismo;
c) I. Romantismo, II. Modernismo, III. Simbolismo, IV. Classicismo;
d) I. Classicismo, II. Romantismo, III. Modernismo, IV. Simbolismo;
e) I. Simbolismo, II. Classicismo, III. Romantismo, IV. Modernismo.

3) (Fuvest) - "Amor é um fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer."

De poeta muito conhecido, está é a primeira estrofe de um poema que parece comprazer-se com o paradoxo, enfeixando sensações contraditórias do sentimento humano, se examinadas sob o prisma da razão.
Indique, na relação a seguir, o nome do autor.
a) Bocage.
b) Camilo Pessanha.
c) Gil Vicente.
d) Luís de Camões.
e) Manuel Bandeira.

4) (Uelondrina) - A chamada atividade literária das primeiras décadas de nossa formação histórica caracterizou-se por seu cunho pragmático estrito, seja a circunscrita ao parâmetro jesuítico, seja a decorrente de viagens de reconhecimento e informação da terra.
São representantes dos dois tipos de atividade literária referidos no excerto acima:
a) Gregório de Matos e Cláudio Manuel da Costa.
b) Antônio Vieira e Tomás Antônio Gonzaga.
c) José de Anchieta e Gabriel Soares de Sousa.
d) Bento Teixeira e Gonçalves de Magalhães.
e) Basílio da Gama e Gonçalves Dias.

5) (Mackenzie) - O tom pessimista apresentado por Camões no epílogo de "Os Lusíadas" aparece em outro momento do poema.
Isso acontece no episódio:
a) do Gigante Adamastor.
b) do Velho do Restelo.
c) de Inês de Castro.
d) dos Doze de Inglaterra.
e) do Concílio dos Deuses.

Gabarito:
1D, 2A, 3D, 4C, 5B
Fontes: analisedetextos.com.br
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Morfologia

A Morfologia é o estudo da palavra e sua função na nossa língua. Na língua portuguesa, as palavras dividem-se nas seguintes categoras:

1. Substantivo

Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. A palavra que indica o nome dos seres pertence a uma classe chamada substantivo. O subtantivo é a palavra que dá nome ao ser.
Além de objeto, pessoa e fenômeno, o substantivo dá nome a outros seres, como: lugares, sentimentos, qualidades, ações e etc.

1.1 Classificação do substantivo

  • Comum - é aquele que indica um nome comum a todos os seres da mesma espécie.
  • Coletivos - entre os substantivos comuns encontra-se os coletivos, que, embora no singular, indicam uma multiplicidade de seres da mesma espécie
  • Próprio - é aquele que particulariza um ser da espécie.
  • Concreto - é aquele que indica seres reais ou imaginários, de existência independente de outros seres.
  • Abstrato - é aquele que indica seres dependentes de outros seres.

2. Artigo

Na frase, há muitas palavras que se relacionam ao substantivo.Uma delas é o artigo.
Artigo é a palavra que se antepõe ao substantivo para determiná-lo.

2.1 Classificação do Artigo

O artigo se classifica de acordo com a idéia que atribui ao ser em relação a outros da mesma espécie.
Definido - é aquele usado para determinar o substantivo de forma definida: o, as, os, as.
Indefinido - é aquele usado para determinar o substantivo de forma indefinida: um, uma, uns, umas.

3. Adjetivo

Outra palavra que, na frase, se relaciona ao substantivo, é o adjetivo.
Adjetivo é a palavra que caracteriza o substantivo.

3.1 Formação do Adjetivo

Como o substantivo, o adjetivo pode ser:
  • Primitivo - é aquele que não deriva de outra palavra.
  • Derivado - é aquele que deriva de outra palavra(geralmente de substantivos ou verbos).
  • Simples - é aquele formado de apenas um radical.
  • Composto - é aquele formado com mais de um radical.

3.2 Locução Adjetiva

Para caracterizar o substantivo, em lugar de um adjetivo pode aparecer uma locução adjetiva, ou seja, uma expressão formada com mais de uma palavra e com valor de adjetivo.

4. Numeral

Entre as palavras que se relacionam, na frase, ao substantivo há também o numeral.
Numeral é a palavra que se refere ao substantivo dando a idéia de número.
O numeral pode indicar:
  • Quantidade - Choveu durante quatro semanas.
  • Ordem - O terceiro aluno da fileira era o mais alto.
  • Multiplicação - O operário pediu o dobro do salário.
  • Fração - Comeu meia maça.

4.1 Classificação do Numeral

  • Cardinal - Indica uma quantidade determinada de seres.
  • Ordinal - Indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série.
  • Multiplicativo - Expressa a idéia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada.
  • Fracionário - Expressa a idéia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade foi dividida.

5. Pronome

Além do artigo, adjetivo e numeral há ainda outra palavra que, na frase, se relaciona ao substantivo: é o pronome.
Pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, relacionando-o à pessoa do discurso.
As pessoas do discurso são três:
  1. Primeira pessoa - a pessoa que fala.
  2. Segunda pessoa - a pessoa com quem se fala.
  3. Terceira pessoa - a pessoa de quem se fala.

5.1 Classificação do Pronome

Há seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos.
  1. Pronomes pessoais: Os pronomes pessoais substituem os substantivos, indicando as pessoas do discurso. São eles: retos, oblíquos e de tratamento.
  2. Pronomes Possessivos: São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical(possuidor), acrescentam a ela a idéia de posse de algo(coisa possuída).
  3. Pronomes Demonstrativos: São palavras que indicam, no espaço ou no tempo, a posição de um ser em relação às pessoas do discurso.
  4. Pronomes Indefinidos: Pronomes Indefinidos são palavras que se referem à Terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago ou expressando quantidade indeterminada.
  5. Pronomes Interrogativos: Pronomes Interrogativos são aqueles usados na formulação de perguntas diretas ou indiretas. Assim como os indefinidos, referem-se a Terceira Pessoa do Discurso.
  6. Pronomes Relativos: São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam.

6. Verbo

Quando se pratica uma ação, a palavra que representa essa ação, indicando o momento que ela ocorre, é o verbo. Uma ação ocorrida num determinado tempo também pode constituir-se num fenômeno da natureza expresso por um verbo.
Verbo é a palavra que expressa ação, estado e fenômeno da natureza situados no tempo.

6.1 Conjugações do Verbo

Na língua portuguesa, três vogais antecedem o “r” na formação do infinitivo: a-e-i. Essas vogais caracterizam a conjugação do verbo. Os verbos estão agrupados, então, em três conjugações: a primeira conjugação(terminados em ar), a segunda conjugação(terminados em er) e a terceira conjugação(terminados em ir).

6.2 Flexão do Verbo

O verbo é constituído, basicamente, de duas partes: radical e terminações.
As terminações do verbo variam para indicar a pessoa, o número, o tempo, o modo.

6.3 Tempo e Modo do Verbo

O fato expresso pelo verbo aparece sempre situado nos tempos:
  • Presente - Ele anuncia o fim da chuva.
  • Passado - Ele anunciou o fim da chuva.
  • Futuro - Ele anunciará o fim da chuva.
Além de o fato estar situado no tempo, ele também pode indicar:
  • Fato certo - Ele partirá amanhã.
  • Fato duvidoso - Se ele partisse amanhã...
  • Ordem - Não partas amanhã.
As indicações de certeza, dúvida e ordem são determinadas pelos modos verbais. São portanto três modos verbais: Indicativo(fato certo), Subjuntivo(fato duvidoso), Imperativo(ordem).

6.4 Vozes do Verbo

Voz é a maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito. São três as vozes verbais:
  • Ativa - o sujeito é o agente da ação, ou seja, é ele quem pratica a ação.
  • Passiva - o sujeito é paciente, isto é, sofre a ação expressa pelo verbo.
  • Reflexiva - o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente da ação verbal, isto é, pratica e sofre a ação expressa pelo verbo

6.5 Locução Verbal

7. Advérbio

Há palavras que são usadas para indicar as circunstâncias em que ocorre a ação verbal: são os advérbios.
Advérbio é a palavra que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.

7.1 Classificação do advérbio

De acordo com as circunstâncias que exprime, o advérbio pode ser de:
  • Tempo (ontem, hoje, logo, antes, depois)
  • Lugar (aqui, ali, acolá, atrás, além)
  • Modo (bem, mal, depressa, assim, devagar)
  • Afirmação (sim, deveras, certamente, realmente)
  • Negação (não, absolutamente, tampouco)
  • Dúvida (talvez, quiçá, porventura, provavelmente)
  • Intensidade (muito, pouco, mais, bastante)

7.2 Locução Adverbial

É um conjunto de duas ou mais palavras com valor de advérbio.

7.3 Advérbios Interrogativos

São advérbios interrogativos: quando(de tempo), como(de modo), onde(de lugar), por que(causa). Podem aparecer tanto nas interrogativas diretas quanto nas indiretas.

8. Preposição

Há palavras que, na frase, são usadas como elementos de ligação: uma delas é a preposição.
Preposição é a palavra invariável que liga dois termos.
Nessa ligação entre os dois termos, cria-se uma relação de subordinação em que o segundo termo se subordina ao primeiro.

8.1 Locução Prepositiva

É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de uma preposição.

9. Conjunção

Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção. Conjunção é a palavra que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.

9.1 Classificação das conjunções

As conjunções podem ser coordenativas e subordinativas.

10. Interjeição

Há palavras que expressam surpresa, alegria, aplauso, emoções. Essas palavras são as interjeições. Interjeição é a palavra que procura expressar, de modo vivo, um sentimento.

10.1 Classificação de interjeição

As interjeições classificam-se segundo as emoções ou sentimentos que exprimem:
  • Aclamação: Viva!
  • Advertência: Atenção!
  • Agradecimento: Grato!
  • Afugentamento: Arreda!
  • Alegria: Ah!
  • Animação: Coragem!
  • Pena: Oh!

10.2 Locução Interjetiva

São duas ou mais palavras com valor de interjeição.


1) (Cesgranrio) - O sufixo -ção, de contemplação, e o sufixo -ncia, de urgência, também são normalmente usados para formar nomes dos seguintes verbos, respectivamente:
a) imaginar, preferir
b) compreender, supor
c) reclamar, adiantar
d) abrir, arder
e) arredondar, encher
2) (Fuvest) - Assinale a alternativa em que uma das palavras não é formada por prefixação:
a) readquirir, predestinado, propor
b) irregular, amoral, demover
c) remeter, conter, antegozar
d) irrestrito, antípoda, prever
e) dever, deter, antever
3) (UFF-RJ) - O vocábulo catedral, do ponto de vista de sua formação, é:
a) primitivo
b) composto por aglutinação
c) derivação sufixal
d) parassintético
e) derivado regressivo de "catedrático"
4) (Fuvest) - O vocábulo sociologia é formado por:
a) derivação
b) hibridismo
c) parassíntese
d) composição
e) sufixação
5) (UFP) - A formação do vocábulo grifado na expressão "o canto das sereias" é:
a) composição por justaposição
b) derivação regressiva
c) derivação sufixal
d) palavra primitiva
e) derivação prefixal
 
 
Gabarito:
1A, 2E, 3C, 4B, 5B

Fontes: analisedetextos.com.br
infoescola.com